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Melhoria genética contribui para realização do sonho de família com vida no campo

Casal utilizou serviços do Sebraetec para ter acesso a tecnologias reprodutivas do rebanho
Por Izabela Carvalho, de Goiânia
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A arquiteta Raquel Thomé Bastos saiu de Goiânia rumo a Ceres juntamente com o marido, o neurocirurgião Wildebram Bastos (Foto Edmar Wellington)

A busca por um ambiente propício para realizar o sonho de fundar um serviço médico especializado em neurocirurgia, levou o casal Raquel Thomé Bastos, arquiteta, e Wildebram Bastos, neurocirurgião, a sair de Goiânia rumo a Ceres, no Centro-Norte do estado. Hoje, eles conciliam o tempo com a administração da propriedade rural Sindi Caraíbas, na cidade de Guarinos, que está se estabelecendo na área de reprodução animal.

A jornada começou há 14 anos, quando se estabeleceram na região. Entre os desafios para dar continuidade ao plano e conciliá-lo com o desejo de um contato mais próximo à natureza, o casal adquiriu a propriedade rural há cerca de 12 anos. No início, investiram na criação de gado nelore comercial. Contudo, os resultados ainda não eram os esperados e começaram a procurar por alternativas para alcançarem os resultados almejados.

Após dois anos de pesquisa, conheceram os animais da raça sindi, de origem paquistanesa. Os zebuínos com dupla aptidão (leite e corte), rusticidade suficiente para boa adaptação às condições climáticas do Cerrado, além de fácil manejo, por serem dóceis e de alta produtividade, despertaram grande interesse.
Coincidentemente, em uma viagem rumo a São Paulo, eles passaram próximo à Fazenda Tabaju, propriedade referência na criação da raça sindi, e aproveitaram para conhecerem mais. “Fomos muito bem recebidos. De imediato, já queríamos adquirir um casal, mas a orientação do criador Adaldio Castilho foi para retornarmos em setembro. Na ocasião haveria uma festa e teríamos contato com outros criadores. Então, poderíamos entender melhor sobre os animais”, diz Raquel.

Após a oportunidade de se informarem mais sobre as vantagens da raça, decidiram adquirir alguns animais. Contudo, ainda assim, queriam ir além, porque os resultados da propriedade ainda não eram os esperados. Apesar da qualidade dos animais, Raquel explica que viram na melhoria genética o encaixe perfeito para a vocação da terra e do tipo de criação que queriam. “A gente se identificou que a cria, dentro do ciclo pecuário, é o que a gente mais gosta”, salienta.

Ao saber que o Sebraetec oferecia oportunidade de acesso a tecnologias como melhoria genética, buscou atendimento junto ao Sebrae Goiás, onde recebeu todas as orientações e acompanhamento necessários. “O Sebreatec fez toda a diferença para nós, porque o investimento era alto, e graças ao Sebrae tivemos acesso. A gente ficou confiante com os fornecedores, com a orientação geral”, afirma.

“O Sebraetec me permitiu adquirir animais de alta qualidade genética dos melhores criatórios do Brasil. Me ajudou a multiplicar, com segurança e mais velocidade, os animais de excelência que adquiri”, explica. A expectativa é de que no primeiro semestre de 2025 já haverá uma primeira safra de touros de resultado de melhoria genética, disponíveis para comercialização.

Para Raquel, ter tido acesso à tecnologia foi fundamental para dar continuidade ao plano de ter uma propriedade produtiva. “A gente se encontrou. Uniu ciência, campo e planejamento. Fizemos um novo desenho para a fazenda e isso nos uniu ainda mais. Contudo, o maior ganho é imaterial, na configuração de negócio que a fazenda ganhou. O projeto da família ficou mais leve. Não vendo mais quantidade, vendo qualidade”, comemora.

Entretanto, Raquel ressaltou ainda que é preciso ter persistência no processo para ter sucesso. O índice de resultados positivos nas inseminações é de 30%. Após a transferência do embrião. Além disso, a cada inseminação, é necessário aguardar o período de dois meses para ter certeza da prenhez.

Consciente da jornada que a aguarda, Raquel afirma que a experiência na propriedade rural da família, tem sido enriquecedora. Hoje, com dois filhos, Estêvão, com 9 anos e Tomás, de 7, ressalta que os meninos já são parte ativa nos trabalhos da fazenda.

O propósito de que os filhos tivessem amor pelos animais e meio ambiente, terem serviço e estarem envolvidos no trabalho já foi alcançado. “Eles já compreendem que a natureza tem seu tempo e isso é um ensinamento importante”, ressalta. Por outro lado, afirma que eles se envolvem nas atividades. “Estêvão já sabe bastante sobre genética. Tomás é atento às coisas da fazenda, já ajuda a cuidar das cercas”, diz.

O casal Raquel Thomé Bastos e Wildebram Bastos (Foto Arquivo Pessoal / Divulgação)

Atendimento e resultados

José Neto, analista na Agência de Goianésia, na Regional Norte do Sebrae Goiás, responsável pelos atendimentos em Ceres, município do Vale de São Patrício, ressalta o desafio da família, mesmo após a aquisição dos animais Sindi. “Trabalhavam bastante em profissões estressantes, começaram a trabalhar na terra, sem o resultado que queriam. Começaram a questionar o porquê de ver muitas coisas com resultado e o porquê de não estar dando certo. Nos procuraram e ajudamos”, sublinha.

“Apesar de todas as vantagens da raça, adaptada à nossa região, mesmo assim o resultado estava estagnado. Buscaram nosso apoio para melhoria genética”, explica. De acordo com ele o papel do Sebrae é o de proporcionar aos pequenos produtores o acesso a tecnologias que muitas vezes contemplam apenas os grandes produtores.

O Sebraetec atua para aproximar o pequeno produtor da tecnologia. “Com o programa, a fazenda teve acesso a subsídios para fertilização in vitro, e com isso os novos animais vêm com um salto genético, o que naturalmente levaria 30 anos para acontecer, pois produz uma vaca com uma genética melhor”, diz.

Ao analisar os resultados, José Neto assinala que o trabalho terá continuidade junto à fazenda, com foco na melhoria da gestão, para aprimorar a propriedade a fim de que seja referência e como empresa lucrativa, com processos bem definidos e investimento em marketing. “O foco é não só o animal em si, mas a qualidade da propriedade para vender o embrião. Raquel enxergou que pode ter um ganho maior”, reforça.

José Neto finalizou ao avaliar que o casal tem visão a longo prazo. “Eles sabem que precisam se organizar para evitar fragilidades que podem provocar problemas futuros”, diz.

Para obter resultados positivos junto aos empreendedores, José Neto ressalta ainda a importância da construção de relacionamento com o empresário para entender as necessidade e poder auxiliar, com todas as ferramentas disponíveis, na conquista dos resultados esperados.

SERVIÇO

Sindi Caraíbas

Instagram @sindicaraibas

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463

Na Regional Norte | Goianésia: Agência Entremeios Comunicação / Caio Santos – (62) 99690-5132

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