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Nesta quinta-feira, 20, primeiro dia de Campus Party Goiás 2025, o Polo Sebrae Agro, referência nacional em agronegócio, realizou o workshop: “O Papel da Inovação no Futuro do Agro”, que trouxe reflexões e abordagens estratégicas sobre inovação no campo e a visão de futuro construída em Goiás para fortalecer o agro no país. O momento reuniu diversos atores do agro de diferentes regiões do estado, com contribuições importantes para construir o documento final do Workshop, uma entrega coletiva com proposições e caminhos para o futuro do setor.
Sebrae Goiás, com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Embrapa Arroz e Feijão, Senar Goiás, além de representantes do Sebrae de Alagoas e Amapá e outras instituições parceiras, somam esforços em capacitação, tecnologia, pesquisa e integração para fortalecer o ecossistema rural.
O diretor superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, lembrou que, quando o movimento da Campus Party veio para Goiás, chamou sua atenção para a necessidade de o estado estar conectado e integrado. Ele contou que o Polo Sebrae Agro começou a ser estruturado há alguns anos como proposta nacional de organizar polos temáticos, entre eles o Polo Sebrae Agro em Goiás. “O Estado reúne condições para liderar e integrar ações com outros estados brasileiros”, afirmou.
Ao prosseguir, Antônio Carlos observou que diante da relevância do tema tratado pelo workshop, nem mesmo realizado em um feriado dificultou a participação. O estande do Sebrae reuniu um público qualificado e interessado em participar do evento.
Em sua fala, o diretor superintendente reforçou a importância da construção coletiva. “A proposta do workshop é estruturar um grande documento que oriente ações futuras. Não deve ser apenas mais um levantamento ou um diagnóstico na prateleira do Sebrae, e sim um instrumento de direcionamento real”, destacou.
Na oportunidade, Antônio Carlos comentou sobre a demanda crescente de alimentos até 2050, que deve aumentar mais de 60%, e observou que o Brasil será o único país com capacidade real de atender essa demanda. Ao mesmo tempo, lembrou que eventos climáticos podem causar perdas de até 20%, segundo pesquisas, o que reforça a necessidade de inovação, dados e planejamento.
O diretor enfatizou o protagonismo do produtor rural e elogiou o ecossistema goiano de inovação, citando o Pacto Goiás pela Inovação. Pediu aproximação ainda maior entre Sebrae e Embrapa, reforçou que o Sebrae tem como foco os pequenos negócios e produtores rurais e destacou o papel do Senar, que, segundo ele, “promove uma revolução na assistência técnica e gerencial, com gestão baseada em dados e indicadores”, disse.
Pedro Camilo, diretor de Inovação do Senar Goiás, destacou a importância da parceria com o Sebrae na iniciativa do Polo Agro, reforçando que capacitação e assistência técnica são fundamentais para a sucessão familiar no campo. “Tecnologia e inovação têm papel decisivo na transformação digital do setor, especialmente em um ecossistema que envolve instituições como Embrapa, CNA, hubs de inovação e o próprio Senar”, afirmou.
O diretor também lembrou que Goiás já avança nesse tema por meio do Desafio AgroStartup, que chega à 9ª edição, nos dias 21 e 22. “O desafio é atrair cada vez mais jovens do ensino fundamental ao superior para o ecossistema rural. A parceria entre Sebrae e Senar deve fortalecer a inovação em todo o país”, reiterou.
Gerente da Unidade de Soluções do Sebrae Goiás, Victor Antônio Costa, ressaltou que nesta edição da Campus Party, a instituição chega junto com parceria ainda mais forte com o Senar Goiás. “Nós estamos realizando o Demoday do Desafio Agro Startup, que vai acontecer nos dias 21 e 22. No sábado, às 10 horas, será a apresentação e às 17h30, serão conhecidos os premiados, no palco principal da Campus Party. Nesta edição, serão 34 projetos voltados ao Agro 5.0, incluindo sensores, robótica e biotecnologia”, disse.
Segundo Victor, no primeiro dia da Campus Party, foi realizado um workshop do Polo Sebrae Agro, do qual o Sebrae Goiás é o gestor em nível nacional, uma oportunidade de debate acerca do que há de inovação, para ser disseminado para todo o país”, concluiu.
Marco Chaul, membro do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Goiás (CDE) e empresário no setor de tecnologia, avaliou a importância crescente do evento ao observar que “Goiás consolida, a cada edição, um verdadeiro ecossistema de inovação, em que diversos órgãos têm atuado de forma integrada para fortalecer o setor no estado, sobretudo ao trabalharem pensando juntos em soluções. Essa união faz diferença e justifica a realização da sétima edição da Campus Party em Goiás, que está sendo um sucesso, como sempre”, completou.
Vítor Hugo Duarte, gerente da Regional Sul do Sebrae, prestigiou o evento e destacou a relevância de inserir o agro na programação da Campus Party, que para ele já está consolidada em Goiás. “Exemplo disso é a estrutura montada e o grande número de participantes que reforça a motivação de todos os envolvidos”, afirmou.
Para Vitor, integrar o Polo Sebrae Agro à iniciativa, reunir pesquisadores, empresários e produtores para discutir e identificar ferramentas e soluções inovadoras é fundamental para contribuir com o desenvolvimento dos pequenos negócios rurais. “Participar deste momento aqui é fundamental para ampliarmos o conhecimento e impulsionarmos o desenvolvimento dos empreendedores de todos os negócios rurais”, acrescentou.
O primeiro momento do workshop foi conduzido pelo superintendente executivo do por Gabriel Martins, o superintendente executivo do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), que emprestou sua maestria ao coordenar os parceiros convidados a falar sobre a realidade e desafios do setor.
Miguel lvan, da Embrapa Arroz Feijão, apresentou um panorama da produção de arroz e de feijão como rendimento médio por área e produtividade. Ele destacou a atuação da instituições e da Unidade HUB, além de enunciar unidades, como laboratórios, casas de vegetação, estações experimentais e o trabalho que tem sido desenvolvido com objetivo de melhorar a produtividade de cultivares tão importantes como arroz e feijão no Brasil.
Por sua vez, Marcelo Rodrigues, CEO da Krill Tech, apresentou a linha de produtos da startup, além de assinalar o quanto a tecnologia por eles desenvolvida vida atender às necessidades do produtor rural, além da atuação na recuperação de floresta como de castanheira, com aplicação de produtos desenvolvidos pela empresa para esse fim.
Danielle Lionel, do Hub CNA Digital. destacou a atuação da instituição, ao levar inovação ao produtor rural, com foco no pequeno e médio produtor, além de assinalar a forma como tais soluções são testadas para aprimorar os resultado. “É preciso entender quais desafios e dores do produtor no campo e buscar soluções e inovações que estão no mundo. Encontrando, vamos testar aquela tecnologia no campo para implantá-las e validá-las”, informou. Entre os testes, Danielle apontou os de qualidade de café e soja, além da melhoria em hortaliças como alface, abobrinha, melancia, tomate cereja, ainda no cacau com mensuração do aumento da produtividade.
A produtora rural, Sara Ferreira, compartilhou como tem sido a experiência com tecnologia e inovação na propriedade. Ela aplica monitoramento, análise via satélite, além de manejo estratégico, o que tem apresentado resultados positivos. Contudo, alerta para a importância do envolvimento real com a fazenda e o dia a dia, já que acredita que tem que morar na propriedade para que o funcionamento ocorra como é necessário. Liderança pelo exemplo também foi um ponto importante abordado pela produtora. Sara também acredita na força e na importância da comunicação entre todos os integrantes do ecossistema dentro da propriedade para que os negócios caminhem dentro da expectativa, com foco no crescimento.
Inovação no Futuro do Agro
Na segunda parte da programação do Polo Agro, foi realizado um world café, que é. O formato incentiva a escuta ativa, amplia perspectivas e facilita a criação de soluções conjuntas. Ao final, as contribuições são organizadas, e dessa forma, é desenhado um panorama claro dos caminhos apontados pelo grupo.
“Embora os participantes estejam divididos em cinco grupos, o resultado final será um único documento consolidado, com sugestões estratégicas para orientar o Sistema Sebrae sobre como fortalecer a inovação no agro”, explicou o coordenador do Polo Sebrae Agro, Douglas Paranahyba.
O coordenador avaliou as atividades realizadas no Polo Sebrae Agro. Segundo ele, a programação da manhã foi dedicada a um momento de inspiração, preparando os participantes para contribuírem de forma prática na elaboração de ideias e percepções voltadas ao futuro da inovação no setor agropecuário.
“O objetivo central do workshop é responder à pergunta: qual o papel da inovação no futuro da atividade rural de pequena escala? Para isso, os grupos participam de rodadas de discussão, alternando-se entre as mesas para ampliar o intercâmbio de perspectivas”, disse.
Florizânia Rodrigues, analista técnica do Sebrae Goiás, foi uma das participantes e ressaltou a importância do evento. “É um momento bastante enriquecedor, porque a gente está reunindo vários atores que atuam com os serviços, principalmente de pequena escala no agronegócio. A gente espera ter mapeado desafios e oportunidades para que o Sebrae possa atuar e trazer os melhores resultados para os produtores rurais”, analisou.
Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – Agronegócio e Indústria do Sebrae no Amapá (UCU-Agrin), Larissa Queiroz, enfatizou a importância do encontro para a unidade que representa para contribuir com o avanço da inovação no setor agro na região. “O momento é fundamental para conhecer novas soluções, trocar experiências e construir entendimentos comuns com colegas de outros estados”, afirmou.
Larissa destacou que, no Amapá, os desafios são ainda maiores para aplicar as inovações discutidas, especialmente pela necessidade de avançar em temas básicos, como regularização e acesso à internet. “A gente está dois passos atrás, então participar de um evento como esse é uma oportunidade de buscar soluções junto aos nossos colegas”, disse. Ela ainda defendeu a importância de debates regionais, considerando as realidades do Norte, Nordeste e Sudeste. “Quando a gente traz esse olhar regional, o retorno é muito mais interessante”, complementou.
Jackeliny Martins, analista do Sebrae em Alagoas, avaliou que essa atuação do Polo, em que todos os estados são representados, é de relevância para o setor e participar do evento é, um momento rico de discussão, principalmente quando o foco é inovação. “Porque a gente atua com pequenos produtores rurais. Eles têm dificuldade de entender o que é inovação, e procuramos mostrar que é uma coisa mais simples do que ele imagina. Esse é um momento próspero, porque a partir dessa ação do Polo, a gente talvez possa realizar outras ações nos estados para trazer resultados mais práticos e mais rápidos para esse produtor rural”, sintetizou.
Para o produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Orizona, Gevando Vieira, o momento é uma oportunidade para discutir e detectar tecnologias que possam ser aplicadas pelo produtor de forma a agregar valor ao seu produto. “Hoje, o problema é renda para o produtor e às vezes você está com o custo reduzido, mas não tem renda porque não está conseguindo colocar preço, agregar valor ao seu produto para ter um preço mais acessível, porque o consumidor não está tendo renda para comprar”, analisou.
Weder Vieira, do Senar Goiás, destacou a relevância do momento para fortalecer, desenvolver, ainda mais, e aumentar os laços com entidades parceiras como a Embrapa e outras. “E é muito bom estar aqui para conhecer novas pessoas, captar novas ideias e contribuir nessa parceria Senar-Sebrae. Com isso temos a chance de trazer novos frutos para o nosso cliente, para o ator, o empresário rural, com cada vez mais soluções para que ele possa sobressair na sua jornada”, destacou.
Márcio Henrique Lens, engenheiro de software e surdo, possui uma startup focada em acessibilidade de Libras, acompanhado pela sócia Edna Ferreira Martins, que é professora e intérprete de Libras e pelo coordenador do Agro HUB da Unirv, Kermme Rebouças, compartilharam como foi a experiência no workshop promovido pelo Polo Agro. Ele contou que veio ao evento para aprender mais sobre tecnologias e contribuir com a startup.
A professora e intérprete de Libras Edna Ferreira Martins Falcão Lopes, avaliou a participação no workshop e a relevância de conhecer novas tecnologias e aproximar o setor de inclusão do universo do agronegócio. “Embora a maioria das startups da instituição seja voltada ao agro, a acessibilidade também tem papel fundamental no desenvolvimento do setor, especialmente ao melhorar a comunicação entre produtores, vendedores e instrutores. “A falta de comunicação assertiva também é uma barreira. Nosso objetivo é trazer esse olhar humano e contribuir com nossos colegas do agro”, complementou.
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