A BioUs Biotech, startup goiana de deeptech que tem se destacado no cenário nacional e internacional, acaba de conquistar mais uma importante vitória. A empresa foi aprovada no programa de incubação de Deep Techs chamado Spartners, uma iniciativa inovadora em parceria com a Servier, uma das maiores indústrias farmacêuticas da Europa, a Universidade de Paris-Saclay e a BioLabs, em Paris. Essa aprovação representa um salto significativo para a BioUs. A startup foi recomendada por ter sido pioneira e participado na aceleração da Industrial Biotech, em 2023. A BioUs teve apoio do Sebrae Goiás desde seu início, em 2016.
A startup terá a oportunidade de testar sua nanocápsula em estudos pré-clínicos com pacientes, um passo crucial para validar a tecnologia e aproximá-la da aplicação clínica. Além disso, a parceria com a Servier e o acesso à infraestrutura de pesquisa da Universidade de Paris-Saclay permitirão à BioUs acelerar o desenvolvimento de sua solução e expandir ainda mais os horizontes. A nanocápsula desenvolvida pela BioUs tem o potencial de revolucionar o diagnóstico e tratamento do câncer. Essa tecnologia inovadora permite a entrega precisa de medicamentos diretamente às células cancerígenas, minimizando os efeitos colaterais e aumentando a eficácia da terapia.
A equipe da BioUs é composta pelo fundador e CEO Raimundo Lima, que é biomédico e mestre em biologia; pelo cofundador e o COO da empresa, Eduardo Rocha, que é biomédico, engenheiro e especialista em biotecnologia; Fausto Dias, biólogo, mestre e chefe de agro; Iracema Friedrich, especialista, chefe de biotecnologia e bióloga; e Fernando Silva, especialista, chefe de microbiologia e biólogo. A startup possui também os consultores Rafael Quirino, PhD mentor em química; Tom Howard, PhD mentor em medicina; e Eric Aslakson, MSc mentor em física.
História com o Sebrae – Raimundo lembra que a BioUs teve apoio do Sebrae Goiás desde o início, em 2016, e que sair da academia para empreender é um desafio, mas com apoio e colaboração é possível ter bons resultados. “Obrigado a todo time Sebrae Goiás porque sem vocês nada disso seria possível”, garantiu o CEO.
Para o gerente da Unidade de Soluções do Sebrae Goiás, Victor Costa, essa conquista da BioUs é um motivo de orgulho para Goiás. “A startup coloca o estado em destaque no cenário global da inovação e demonstra o potencial do ecossistema de inovação goiano em gerar empresas de alto impacto. Além disso, a BioUs serve como inspiração para outros empreendedores e startups, e mostra que é possível construir negócios de sucesso com base em tecnologia e inovação”, afirma.
Grande potencial para a saúde – Com essa nova parceria, a BioUs está pronta para dar um grande passo em direção à comercialização de sua tecnologia e à transformação do tratamento do câncer. A empresa tem o potencial de se tornar uma referência mundial em biotecnologia e de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas.
A startup se classifica como uma “deep tech”, que é uma empresa baseada em investigação científica apoiada por patentes, que atua com inovação complexa e lida com problemas como o tratamento de doenças, mobilidades, aquecimento global e desenvolvimento industrial. A BioUs trabalha com uma plataforma tecnológica focada na produção de biopolímeros a partir de resíduos da produção intensiva da aquicultura e da agroindústria, o que gera produtos alinhados às nanopartículas e ao ecossistema ESG.
A BioUs já possui um histórico de premiações e reconhecimentos, o que demonstra a qualidade do trabalho e o potencial das soluções. A startup foi finalista do Desafio Like a Boss Brasil; única brasileira selecionada no programa Hello, Tomorrow!, em Paris, na França; uma das 21 startups classificadas para a quinta edição do 100+ Labs Brasil, uma iniciativa da Ambev correalizada pela PPA e USAID; foi uma das 20 startups do Centro-Oeste aprovadas no Conecta Startup Brasil em 2023; e uma das Top 100 Global Startups, da competição do SLINGSHOT 2023, Startup SG em Singapura.
Além disso, em 2024 foi uma das seis startups que passaram no 6º Programa de Soja Sustentável do Cerrado, do LIF, PwC e Cargill; é TOP 10 das empresas da 3ª Missão SWITCH Singapura, da Embaixada Brasileira em Singapura, pelo Ministério das Relações Exteriores, Sebrae e WIPO; É TOP 3 no Prêmio Sebrae Startups, no qual concorreu com mais de três mil entidades de todo país no Startup Summit 2024, em Florianópolis. Esteve ainda no TOP 250 da Entrepreneurship World Cup (Copa do Mundo do Empreendedorismo), que aconteceu em novembro na Arábia Saudita.
O grupo conquistou subvenções econômicas (Catalisa ICT, Sebrae, Centelha, Fapeg, CNPq, Finep e Conecta Startup Brasil, CNPq, Softex, ABDi e MCTI) e o primeiro lugar no Programa de Aceleração InovAtiva – Impacto, 2022, Impact Hub, Sepec-ME e Sebrae – o maior programa no ecossistema ESG de aceleração de empresas da América Latina. A BioUs teve aceleração feita pelo Programa de Desenvolvimento de Negócios, edição 2022, do BiotechTown, e foi uma das 16 entidades aceleradas durante a sétima rodada do BioStartup Lab, da Biominas Brasil.
Como o sonho começou, pelo CEO Raimundo Lima – Em julho de 1993, minha irmã conseguiu ligar para uma rádio em Goiânia que sorteava ingressos para o cinema. Ela ganhou dois bilhetes para assistirmos Jurassic Park. Eu tinha apenas 9 anos de idade e foi a primeira vez que ouvi falar sobre DNA. Cinco anos depois, minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama, e o DNA voltou a fazer parte da minha rotina.
Um exame de imunohistoquímica trouxe um laudo que mudou minha vida. Eu não tinha ideia do que aquilo representava, mas me chamou atenção a profissional que assinava o documento: Dra. Vera Aparecida Saddi, biomédica – mestre em Biologia Molecular. Cinco anos depois disso, e um ano após a perda da minha mãe para o câncer, eu integrava um grupo de pesquisa sobre câncer, o Núcleo de Pesquisas Replicon – da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), liderado pelo Professor Peixoto da Cruz, um pai e amigo a quem devo muito da minha formação acadêmica.
Em 2005 conquistei a formação como Biomédico e, em 2008, mestre em Biologia Molecular, com a honra de ter a Dra. Vera Saddi na minha banca avaliadora. Mesmo após 10 anos dedicados à pesquisa básica, senti que faltava algo. Resolvi buscar novos caminhos, mais aplicados, e me deparei com um desafio: desenvolver uma nanopartícula capaz de levar medicamentos diretamente às células tumorais, reduzindo os efeitos colaterais e destruindo o câncer de forma eficaz.
Em 2016, com ajuda do meu amigo Dr. Tom Howard, pude aprender um pouco sobre deep tech e biologia molecular aplicada na Escola de Medicina de Atlanta, nos EUA. Após uma década de pesquisa e desenvolvimento científico, agora com a minha própria deep tech, a BioUs, junto com meu amigo Eduardo Rocha, minha esposa Iracema Friedrich e meus dois ex-alunos da biologia Fausto Dias da Silveira e Fernando Alves Rosa, estamos prontos para testar nossa primeira nanocápsula aplicada contra o câncer. Este marco é fruto da aprovação da BioUs como biotech aprovada no programa Spartners, da Hello Tomorrow, em Paris, em uma parceria com a Servier Group, a Université Paris-Saclay e a BioLabs. Felicidade é a palavra que define esse nosso momento, que será uma pequena parte dessa jornada que começa a partir do dia 12 de março em Paris.
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