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O Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, foi palco da abertura da 6ª edição da Feira de Arte Goiás (Fargo), na noite da última quarta-feira (15). O evento, que se estenderá até domingo (19), é reconhecido como a maior feira de negócios em arte do Centro-Oeste e reuniu um público seleto para a exibição de um documentário sobre a renomada artista plástica Célia Câmara.
Desde 2017, a Fargo tem sido um ponto de encontro para o segmento das artes visuais, tanto na capital quanto no estado de Goiás. Sandro Torres, diretor da feira, destacou a importância do evento para a valorização da produção regional. “É uma feira que já está na sexta edição, fora do eixo, e dá para se comparar na escala de uma SP Arte. O que fazemos aqui é focado na produção regional e no escoamento dessa produção, o que nos enche de orgulho”, afirmou Torres, evidenciando a crescente curiosidade e interesse de outros estados pelo mercado de arte do Centro-Oeste.
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, ressaltou a importância da Fargo não apenas como uma feira de negócios, mas como um catalisador de todo o ecossistema artístico. “São dezenas de pessoas envolvidas, e é essencial reconhecer todos os profissionais que estão por trás dessa produção. A Fargo é mais do que uma exposição; é a somatória de pessoas, linguagens, expressões, sentimentos e valores”, declarou Yara durante a abertura oficial do evento.
Espaço do Sebrae traz diversidade de obras
A diversidade de obras expostas foi um dos pontos altos da feira. A gestora do Programa Sebrae de Artesanato, Daniela Caixeta, destacou a parceria da instituição na realização da Fargo. “Estamos participando da sexta edição e promovendo 27 artesãos que trabalham com artesanato e arte. Nosso objetivo é valorizar a cultura do estado e incentivar os empreendedores da economia criativa”, afirmou Caixeta.
A artista plástica Selma Di Medeiros apresentou uma coleção de biojoias inovadoras feitas em madeira pintadas à mão, além de uma nova linha em prata. “A ideia das bijuterias pintadas à mão surgiu durante a pandemia e tem sido um sucesso”, compartilhou Selma, destacando a influência do frevo pernambucano em suas criações.
Já o artista têxtil Joaquim Gardino levou suas tapeçarias de parede feitas manualmente. “Eu produzo tapeçarias utilizando técnicas como o quilim turco e padronagens resultantes da leitura de gráficos. Cada peça é única, refletindo um trabalho artesanal exclusivo”, explicou Gardino.
Outros expositores, como o artista Júlio César Souza, especializado em esculturas de sucata, e Elismar Santos, criador de luminárias artesanais e esculturas abstratas, também marcaram presença. “Estou buscando visualizações e possíveis encomendas. Participar da Fargo é uma oportunidade de mostrar meu trabalho para mais pessoas”, disse Júlio César.
Ele contou a história de uma de suas obras, que foi inspirada em seu bulldog francês, Sebastião. “Minha filha comprou o cachorro há pouco tempo e ele chegou em casa já fazendo arte. Então resolvi fazer uma escultura parecida com ele, que saiu muito bonita e está agradando a todos”, contou ele.
Elismar Santos ressaltou a importância do Sebrae em sua trajetória. “O Sebrae causou uma explosão de mudanças na minha vida pessoal e profissional. Minha expectativa é fazer contatos e parcerias, além de vender meus produtos”, revelou Santos.
O visitante e empresário Guilherme Tell expressou sua admiração pela feira. “A Fargo está maravilhosa. Vi exposições incríveis, inclusive de galerias de São Paulo e Nova York. O cantinho do Sebrae sempre me encanta, pela leveza e apuro artístico das peças dos artesãos. Está impressionante”, elogiou Tell.
A Fargo 2024 promete continuar sendo um evento significativo para o fortalecimento da arte e cultura no Centro-Oeste, promovendo a produção artística regional e fomentando o mercado de artes visuais no estado de Goiás.
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
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