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Ouro Azul protagoniza produção de mirtilo no Cerrado goiano

Empreendedora apostou em um negócio que pudesse envolver toda a família, e viu nos cursos do Sebrae oportunidades de alavancar e melhorar seus negócios
Por Izabela Carvalho, de Planaltina de Goiás
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Marlene investiu em uma propriedade construída pela família e contou com apoio do Sebrae (Fotos Divulgação e Arquivo Pessoal)

A determinação em busca de um empreendimento que pudesse ser construído pela família levou a empresária Marlene Mendes a fundar a Ouro Azul, propriedade localizada em Planaltina de Goiás, no Nordeste do Estado. A empresa se destaca pela produção de blueberry, o mirtilo, por um cardápio diversificado de produtos derivados da fruta e se apresenta como uma promissora fonte de prosperidade.

Marlene, que também atua como palestrante e consultora do Sebrae, conta que tudo começou durante a pandemia de Covid-19, quando buscava uma oportunidade de negócio que pudesse envolver toda a família. “É um projeto muito bonito”, afirma.

Satisfeita com os resultados, a empresária destaca que o projeto representa uma riqueza que vai além dos ganhos financeiros, mas, principalmente, como inspiração para mulheres protagonistas e como promoção de valores como família, saúde e qualidade de vida. “É muito rico e não envolve só dinheiro”, destaca.

Antes de optar pela produção de mirtilo, Marlene cogitou investir na comercialização de água de coco. Fez curso no Sebrae e formatou um plano de negócio. Contudo, viu que não era viável. Pesquisou e encontrou, em uma reportagem, a possibilidade de se tornar produtora de uma variedade de mirtilo, adaptada às condições climáticas da região.

Marlene relembra que, no início da produção, encomendou as mudas, mas ainda não tinha a terra. Entretanto, por se tratar de uma produção em bolsões, pode ser transportada com facilidade, o que ofereceu tempo suficiente para que, com o marido, encontrasse o local ideal para dar andamento ao projeto. “Começamos em 2022, com dois mil pés, hoje, já são 10 mil. O lucro tem sido reinvestido em melhorias para a propriedade. Sempre buscando consultoria do Sebrae, fizemos a estrutura e formatamos o modelo de negócio”, relatou.

Empreendedora trabalha com o produto in natura e com derivados, como geleia com e sem açúcar

Para Marlene, o apoio do Sebrae foi essencial nessa jornada. “Ele nos ajuda a ter uma segurança maior. A gente apresenta a ideia para o consultor, o que nos auxilia a tomar decisões assertivas. Todos os nossos passos são assim”, ressalta.

O uso do mirtilo

A empresária, que mora em Formosa, explica que a decisão de investir no mirtilo foi baseada não apenas em suas inúmeras propriedades nutricionais, mas também no alto valor agregado da fruta. Por isso, escolheu o nome de Ouro Azul. “Vendemos o mirtilo in natura, congelado, além de produzirmos geleia, com açúcar e sem, e também comercializamos mudas”, cita.

As possibilidades de crescimento não param por aí. A Ouro Azul também produz gelato de mirtilo e chá com hibisco. Além disso, a empreendedora explora o potencial turístico da propriedade, com visitas guiadas em que os participantes conhecem de perto o cultivo. “Como os acolhemos e o trabalho que realizamos serve de inspiração para outras famílias”, assinala.

Com a técnica de fertirrigação, a propriedade está na terceira safra, em uma área de quase um hectare onde trabalham Marlene, o marido e um colaborador. A forma de produzir permite que ela more a cerca de 27 quilômetros de distância da propriedade. Segundo a empreendedora, as plantas são cultivadas em bolsões com palha de arroz e necessitam de bastante água na raiz e de exposição ao sol pleno. Um detalhe importante é que em decorrência das características do arbusto, ele não se desenvolve em consórcio com outras produções.

Na jornada da Ouro Azul, Marlene já participou e foi premiada no Festival Receitas do Campo, promovido pelo Senar, com a produção de mousse de mirtilo. Também já teve oportunidade de compartilhar conhecimentos e desafios em palestra no Dia D da Expoabra. Evento que reuniu vários produtores do Entorno.

Marlene junto com o gerente regional Cleber Chagas (esquerda), do marido (direita) e do analista Charles (à frente)

Perfil empreendedor

Gerente da Regional Entorno do DF/Nordeste do Sebrae, Cléber Chagas, destacou que acompanhou o empreendimento Ouro Azul desde o início, quando foi idealizado pelo casal. “Surgiu mesmo com a oportunidade de trazer para o Centro-Oeste um produto ainda novo e pouco explorado, que é o Blueberry, o mirtilo. A Marlene, especialmente, é uma empreendedora nata que sempre esteve muito ligada ao Sebrae, e tivemos essa oportunidade de auxiliar em toda a gestação e a criação desse negócio”, enuncia.

Produtos originados do mirtilo na propriedade de Marlene atraem visitantes e clientes

Cléber ressalta ainda que, durante a jornada, o empreendimento teve acesso a consultorias de gestão. “O Sebrae, em muitos momentos, esteve com ela discutindo a ideia, trazendo orientações para melhorar esse negócio e para implementar inovações dentro da proposta que eles trouxeram”, disse. O gerente informou ainda que Marlene é empreteca, ou seja, participante do Empretec. “É uma solução muito importante do Sebrae, uma metodologia da ONU. Já há muitos anos ela fez o Empretec e isso despertou muito o perfil empreendedor dela”, frisou.

Em 2024, ela também teve acesso a cursos e consultorias voltados ao marketing. “Realmente para desenvolver a publicidade do seu negócio, ela participou de programas como o Updigital. Como é um empreendimento rural, ela participou do Sebrae em Campo”, detalhou.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106

Na Regional Entorno do DF/Nordeste | Posse: Agência Entremeios Comunicação / Renato Feitosa – (61) 99947-1248

Acesse aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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