
O mercado de panificação tem se destacado em Goiás com uma taxa de crescimento superior a 17% nos quatro primeiros meses de 2025 se comparado ao mesmo período ano passado. Mas a história de Leliane Osório da Hora vai muito além de dados estatísticos. Há quase três anos Leliane morava no Mato Grosso com o esposo e duas filhas e foi uma separação que fez ela retornar para a terra dos seus pais no interior de Goiás, mais especificamente em Cachoeira de Goiás, com as duas filhas, a caçula com apenas três meses.
Ao perceber que seu casamento tinha acabado, Leliane ficou muito receosa de separar, mas com a união cada vez mais difícil de se manter tomou a decisão de seguir sua vida mudando para a terra de seus pais. “Ao chegar aqui vi que precisava trabalhar com alguma coisa, o único dinheiro que tinha era a minha última parcela do salário maternidade, uma masseira e um automóvel. No Mato Grosso eu e meu ex-marido tínhamos uma empresa que produzia pão de queijo e vi que dava muito certo. Quando vim para Goiás comecei a trabalhar, em poucos meses, percebi que teria que empreender em alguma coisa e resolvi abrir uma padaria. Meus pais me ajudaram muito nesse início”, relembrou.
Assim surgiu a Panificadora da Lili que começou em Cachoeira de Goiás há 2 anos e sete meses vendendo 50 quilos por mês e, há oito meses, abriu uma outra panificadora em Ivolândia. Os dois empreendimentos vendem mais de 500 quilos por mês. Leiliane, ou Lili como gosta de ser chamada, não esconde o orgulho da sua história e como um Fênix, Lili superou momentos difíceis renascendo com força renovada. E quando olha para traz a empreendedora diz não se arrepender nem por um momento toda a sua trajetória. “No início foi muito difícil, meus pais me apoiaram muito e minhas filhas eram a força para eu persistir todos os dias. Hoje o meu lucro aumentou muito e com a filial em Ivolândia esse retorno é ainda maior”, comemorou.

E nesse processo de quase três anos o Sebrae surge no princípio de 2025 e já faz toda a diferença na sua visão empreendedora. “Sempre busquei conhecimento para crescer e o Sebrae tem sido primordial para o meu desenvolvimento. Foi o Sebrae que me incentivou a abrir e aprimorar meu negócio em Ivolândia oferecendo suporte e orientação. Também fiz a consultoria Digital 5.0 que me auxiliou na implementação de melhorias e práticos como separação de contatos e uso de QR codes. Isso trouxe resultados positivos para a empresa”, afirmou dizendo que sempre que precisa ela chama o Sebrae para dar assistência.
Lili lembrou ainda que começou na cozinha da casa de sua mãe quando elas produziam pão de queijo para vender congelado e quitutes de panificação. “Trabalhávamos até tarde. Foi quando decidi abri a padaria e as coisas foram acontecendo naturalmente. Consegui achar um ponto excelente na entrada da cidade e decidiu abrir a loja física. Depois disso as coisas foram acontecendo surgiu a oportunidade de abrir outra padaria em Ivolândia”.
A empreendedora sempre se emociona quando fala das filhas. “E é diante dos desafios e alegrias da maternidade que ganho forças todos os dias para manter o meu negócio e cuidar da educação das minhas filhas. Hoje falo com orgulho que a minha filha Kelly está na faculdade. A formação delas é muito importante para mim. Inclusive a Kelly que sempre me apoiou e olha a padaria de Cachoeira de Goiás. A maturidade das minhas filhas me deixa muito emocionada. Elas sabem que sou a provedora da família e me apoiam muito”, disse.
E como dica para os novos empreendedores, Lili é taxativa ao falar de coragem e busca de conhecimento. “Coragem, não tenha medo. Porque nessa área de empreendedorismo eu falo assim. A gente já é desempregado diariamente e todo dia temos que procurar emprego. Porque renda depende de vendas, e não pode ter medo. Seja sempre otimista, pense firme e confie em Deus. E não se esqueça, precisou de qualquer coisa para seu empreendimento chama o Sebrae. Faça cursos, busque consultorias. Procure se aperfeiçoar sempre”, finalizou.

Crescimento do setor
O ramo de panificação tem crescido muito nos últimos anos. De acordo com matéria veiculada na Agência Sebrae de Notícias, dia 3 de junho, entre janeiro e abril de 2025, foram abertos 26,4 mil pequenos negócios de produção e de revenda de pães, número 17% superior ao mesmo período no ano passado. Os números são de um levantamento realizado pelo Sebrae Nacional com dados da Receita Federal reunindo informações da Classificação Nacional de Atividades Económicas (CNAE) de fabricação de produtos de panificação e de comércio varejista de produtos de padaria.
Ainda conforme o levantamento, a quantidade representa um média de 240 novos CNPJs gerados por dia ou 10 estabelecimentos a cada hora e um a cada seis minutos. Os dados também apontaram que 86% desses pequenos negócios são microempreendedores individuais (MEI), seguido pelas microempresas (11,6%) e empresas de pequeno porte (2,14%).
O otimismo do setor também se traduz em faturamento. Isto porque em todo o ano passado, a panificação movimentou R$ 153,3 bilhões – um aumento de 10,9% em relação ao ano anterior, segundo o Instituto de Desenvolvimento das Empresas de Alimentação (Ideal). Os indicadores também indicam que as padarias foram responsáveis pela geração de mais de 1 milhão de empregos diretos. Além disso, estima-se que mais de 47 milhões de pessoas (22,1% da população) passam pelas padarias diariamente.
Instagram: @panificadoraelanchoneteda_lili
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